.:: o fantástico destino de lady mi - parte 3 ::.

"Posso escolher entre ser constantemente ativa e feliz ou introspectivamente passiva e triste. Ou posso ficar louca, ricocheteando no meio" Sylvia Plath

terça-feira, março 31, 2009

acho que nunca mais vou comer miojo...
"We used to talk about our future. How perfect everything would be. Remember? What happened? When did everything get so scroll up? This isn´t how it was supposed to be."
morte / s.f
do Lat. morte

s. f.,
acto de morrer;
fim da vida animal ou vegetal;
termo de existência;
acabamento;
fim;
homicídio;
a pena capital;

fig.,
destruição;
perda;
causa de ruína;

poét.,
entidade imaginária que ceifa a vida.
— acidental: a que é produzida por acidente, ou pela perturbação do equilíbrio das forças vitais;
— aparente: estado de imobilidade e de insensibilidade absoluta que aparece após certas doenças e que se confunde com a morte;
— civil: perda de todos os direitos e regalias sociais;
— eterna: segundo a Teologia, a morte do pecador condenado por toda a eternidade;
estar pela hora da —: estar muito caro;
pensar na — da bezerra: estar distraído, pensativo;
pessoa de má —: pessoa de má índole, de mau carácter;
em artigos de —: quase a expirar.
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É só disso que a gente precisa para ir a um enterro.

segunda-feira, março 30, 2009

Vou-me Embora pra Pasárgada (Manuel Bandeira)

Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive

E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada

Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar

E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.
... e, de repente, parei de sentir minhas pernas e caí no chão ...

domingo, março 29, 2009

Em tempos assim, é quando eu amo mais o Morrisey...
acho que algumas coisas não estão escritas afinal...

sexta-feira, março 27, 2009

Semana de surpresas

1º) Quel me dá um gloss looosho da L´Ocittane;
2º) Grazi me dá seu coletinho preto "Cedro" modelo Calvin Klein;
3º) Deinha chegou do Rio e me deu a dica do rescue;
4º) Carol chega de São Paulo hoje!!!
5º) Descobri que tem muito mais gente que gosta de mim do que eu imaginava, rs.

quinta-feira, março 26, 2009

Algumas coisas são definitivamente mais fáceis na teoria!
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Ódio desse tanto de tecnologia que me cerca!
Parei com essa estória de ler horóscopo!!!!
Julieta Venegas - Limon Y Sal

http://www.youtube.com/watch?v=uF-U8V894RA

quarta-feira, março 25, 2009

Where are we?
What the hell is going on?
The dust has only just begun to form,
Crop circles in the carpet, sinking, feeling.
Spin me round again and rub my eyes.
This can't be happening.
When busy streets a mess with people
would stop to hold their heads heavy.

Hide and seek.
Trains and sewing machines.
All those years they were here first.

Oily marks appear on walls
Where pleasure moments hung before.
The takeover, the sweeping insensitivity of this still life.

Hide and seek.
Trains and sewing machines. (Oh, you won't catch me around here)
Blood and tears,
They were here first.

Mmm, what you say?
Mm, that you only meant well? Well, of course you did.
Mmm, what you say?
Mm, that it's all for the best? Ah of course it is.
Mmm, what you say?
Mm, that it's just what we need? And you decided this.
Mmm what you say?
What did she say?

Ransom notes keep falling out your mouth.
Mid-sweet talk, newspaper word cut-outs.
Speak no feeling, no I don't believe you.
You don't care a bit. You don't care a bit.

Ransom notes keep falling out your mouth.
Mid-sweet talk, newspaper word cut-outs.
Speak no feeling, no I don't believe you.
You don't care a bit. You don't care a bit.

You don't care a bit.
You don't care a bit.
You don't care a bit.
You don't care a bit.
You don't care a bit.

Imogen Heap - Hide and Seek
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Marcadores:

Algumas perguntas:

1) É normal ler o mesmo texto várias vezes e ainda assim não entender nada?! Será que fiquei burra de vez?!

2) Realmente preciso desmaiar toda vez que vão enfiar uma agulha no meu braço??? E se meu projeto de vida for ser igual ao Sick Boy????

3) Alguém tem um manual para dummies do Guitar Hero? E que possa me emprestar para hoje?

4) O cara da Visa vai correr atrás de mim depois das compras de segunda-feira? E eu vou ter coragem de usar uma calça legging??

5) E se eu começar a usar o Mastercad? É, definitivamente, correr muito risco de ir à bancarrota.

6) Emagrecer 2,5kg em três dias?! Essa eu sei que não é normal...

7) Além da Lady GaGa, alguém consegue fazer algum passinho de coreografia da Beyoncé??? E sem dar risada (acreditem, eu testei essa ontem à noite)????

8) Por que a noção de tempo é tão diferente para as pessoas?????? O que para mim parece uma eternidade, para você parece ontem?!

9) Será que acontece o mesmo com a noção de espaço? Alguém da física pode me responder?

10) Que merda é essa que está acontecendo na nova temporada de Lost????????????

Só mesmo um dos meus diretores favoritos para criar um romance durante a gravação de um filme pornô. E me fazer chorar (essa parte é fácil)...
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Até eu ia achar bonitinho ouvir "eu te amo" enquanto estou no banheiro, rs.
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Até hoje não tinha percebido como era fácil para mim ajudar minhas amigas nos momentos difíceis delas e não aceitar a ajuda delas enquanto eu estou sofrendo. Para minha sorte, dessa vez, nenhuma delas está querendo me deixar com tempo para pensar na ausência alheia. Obrigada, meninas!

terça-feira, março 24, 2009

Por quanto tempo é necessário ler algo para se entender as entrelinhas?!
"Porque depois da tempestade sempre vem a bonança..."
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Dizem por ai...
Fragmentos de um discurso amoroso

Anda difícil para mim terminar um livro bobo como o Lua Nova, então, encostar as minhas mãos em um dos livros mais doídos de todos os tempos não me pareceu boa idéia. Escondi ele junto com as fotos que eu não sei quando vão voltar para seu devido lugar. Escondi junto com a angústia que quer me consumir e que eu estou apaziguando com piadas durante o horário de trabalho. Podia estar triste. Queria estar com raiva. Mas só estou esperando. E "esperançando" (talvez seja necessário todo um novo dicionário para acalentar essas palavras dos enamorados). Estou esperando que tudo volte.

Mas não colocar as minhas mãos no livro físico não quer dizer que vou ficar parada. Largada na minha inquietude. Querendo que alguém diga palavras bonitas que eu não consigo escrever agora. E a internet é uma biblioteca vasta e na procura de um consolo, um colo, uma coisa qualquer que eu procurava, achei uma moça. Ela se chama Marília Cortês e tem um blog de mesmo nome.
Como ando roubando inspirações alheias, decidi roubar uma parte de seu post datado de 20 de agosto de 2006 (um domingo, pois os domingos são os dias mais difíceis de digerir):

"apresento aqui, alguns fragmentos inspirados nos "Fragmentos de um Discurso Amoroso" de Roland Barthes. Para quem não conhece, esse livro contém essencialmente a figura do enamorado “que fala de si mesmo, apaixonadamente, diante do outro (o objeto amado) que não fala”. Quando eu os escrevi (na verdade, fiz um recorte dos fragmentos), vivia essa figura completa e desesperadamente enamorada. Sentia-me no turbilhão de uma crise dolorosa, mórbida, da qual eu precisava me curar. Na ausência e esfacelamento do meu amor, buscava fragmentos que pudessem recompô-lo. Precisava de uma trégua, de adocicar meu coração, pois não suportava mais minha própria amargura. Assim, eu procurava incessantemente um lenitivo. E foi na literatura do discurso amoroso que o encontrei, ainda que apenas fugazmente.

Fragmentos...

'...encontro pela vida milhões de corpos; desses milhões posso desejar centenas; mas dessas centenas, amo apenas um: você... a especialidade do meu desejo. [...] foram precisos muitos acasos, muitas coincidências surpreendentes (e talvez muitas procuras) para que eu encontrasse você, que entre mil, convém ao meu desejo. [...] por que desejo você? por que o desejo por tanto tempo...? [...] espero uma chegada, uma volta, um sinal... pode ser fútil ou imensamente patético. [...] uma mulher espera seu amante, de noite, na floresta; quanto a mim, só espero um telefonema, mas é a mesma angústia. Tudo é solene, não tenho noção das proporções. [...] do sabor de uma ou outra contingência, me deixo levar pelo medo de um perigo, de uma mágoa, de um abandono, de uma reviravolta... [...] na tua ausência, sou, tristemente, uma imagem descolada, que seca, amarelece, encarquilha... [...] uma mutilada que continua a sentir dor na perna amputada... [...] pouco a pouco sufoco, meu ar se rarefaz... [...] ciúmes, angústias, posses, discursos, apetites, signos, o desejo amoroso queima por todo lado. [...] e nada mais doloroso do que uma voz amada e cansada: voz extenuada, rarefeita, exangue, poder-se-ia dizer, voz do fim do mundo, que vai ser tragada muito longe pelas águas frias: ela está no ponto de desaparecer, como o ser amado está no ponto de morrer: o cansaço é o próprio infinito: o que não acaba de acabar. Essa voz breve, curta, quase sem graça pela raridade, esse quase nada da voz amada e distante torna-se em mim uma rolha monstruosa, como se um cirurgião me enfiasse um tampão bem grosso de algodão na cabeça. [...] pois desde que te vejo, por um instante, não me é mais possível articular uma palavra: mas minha língua se quebra e um fogo sutil desliza de repente sob a minha pele: meus olhos não têm olhar, meus ouvidos zumbem, o suor escorre pelo meu corpo, um arrepio toma conta de mim; fico mais verde do que o capim, e por pouco me sinto morrer. [...] quero constantemente arrancar de você a fórmula do seu sentimento, e de minha parte digo constantemente que o amo: nada fica para ser sugerido, adivinhado: para que se saiba uma coisa é preciso que ela seja dita; mas também, desde que ela é dita, ela é provisoriamente verdadeira...'. "
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Ainda bem que ainda se escrevem coisas boas e verdadeiras por ai. O que eu faria se precisasse, agora, escrever tudo o que estou sentindo se as palavras me fogem?!
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Me sinto quase assim. Não tão triste. Mais calma. Mas se precisa ser dito, fica aqui registrado por escrito, em mais um dos meus (sempre) esforços patéticos: eu te amo.

domingo, março 22, 2009

(fora do ar por tempo indeterminado)

sábado, março 21, 2009

Eu levei um monte de tempo pra juntar os caquinhos do meu coração. Agora está toda ai, pisado e esmigaçado no chão. Pra quem quiser recolher. Dessa vez, eu não tenho interesse em pegar pedaço algum.

sexta-feira, março 20, 2009

Momento bobinho durante sessão de absoluta tortura de acupuntura:
"Dois (seres) ímpares formam um par".

quinta-feira, março 19, 2009


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minhas férias vão ser assim: bem hippies!
quem sabe eu não arranjo um pouco de inspiração ao invés de roubar dos outros?!
Sempre teremos Paris
Já reparou como sempre falta algo e a inquietação parece sem fim?
Quando estamos num lugar, queremos estar em outro. Já reparou como sempre falta algo e a inquietação parece sem fim?



April e Frank Wheeler consideravam-se espe­ciais, eram irreverentes, ele lutou no front da Se­gunda Guerra, ela queria ser atriz. A primeira pergunta que ela dirige a ele quando se conhecem: “O que você faz?”. Ele responde de forma literal, dizendo no que trabalha. Ela o corrige, não está interessada na realidade, mas no sonho: o que ele quer ser? Frank diz que está confuso, procurando se encontrar. Embora reclamando, ele acha algum sentido na vida suburbana que o casal monta sem pensar. Tra­balha numa firma onde pode crescer, pega o trem todo dia, reencontra a família e a casa arrumada ao voltar. April não sente o mesmo: sua carreira dramática não vinga e a rotina doméstica a enlouquece.
A história do casal Wheeler está num livro chamado Revolutionary Road (Richard Yates, 1961), que alude ao nome da rua em que eles moram. O endereço não podia ser mais paradoxal, pois é para acomodar-se e não para mudar o mundo que eles aderiram à típica ca­sinha branca de família americana. Mas dentro de April a revolução borbulha e é a isso que assistimos do co­me­ço ao fim do livro e do filme (Foi apenas um So­nho, de Sam Mendes). Seu amor por Frank só reacen­de quando eles voltam a partilhar um sonho: mudar-se para Paris. Ela planeja trabalhar e ele ficaria um tempo estudando e tentando ser outra coisa, talvez escritor. April não quer dele o que os homens estavam acostumados a dar às mulheres: casa, sustento, filhos.
Não conto mais para não estragar o prazer de ver esse filme, na magistral interpretação do casal de ato­res protagonistas de Titanic. Digamos que eles encenam o que poderia ter acontecido se a tra­­gédia não ti­ves­se transformado aquele amor em apenas um sonho.
Entramos num tema que já foi ma­­ra­vilhosamente tratado em As Horas, aquilo que Betty Friedan na década de 50 cha­mou de A Mística Feminina: a in­sa­tisfa­ção das mulheres com seu destino do­més­tico. Trata-se da onda de de­pressão que abateu as americanas do pós-guerra, que murchavam em plena época de pros­pe­ridade. Não estaria ve­lha essa ques­tão, co­mo idosas estão as que foram suas pro­tagonistas?

Eternamente inquietas

Provavelmente não, embora a vida das mulheres tenda a ficar cada dia mais pró­xi­ma dos anseios de April. Hoje po­de­mos viver destinos diversos, mas continuamos perdidas em deva­nei­os, usu­fruindo do legado de insa­tisfação que nos­sas ancestrais nos deixaram. Para as acompanhadas, fica a dúvida do que seriam se fossem livres, enquanto as soli­tá­rias sentem-se em dívida com o destino amoroso. Filhos estorvam quando existem e deixam um buraco quando fal­tam. Estamos sempre inquietas.
O filme nos lembra que os homens também estão mais interessados no que podem tornar-se do que no que são. Frank amava em April essa angústia, essa de­dicação ao sonho, April amava em Frank aquilo que ele não realizou. Como na his­tória de outro casal antológico do cinema, os apaixonados de Casablanca: no fim nós sem­pre teremos Paris.

Diana Corso, 48, é psicanalista. Vive em Por­to Alegre, tem duas filhas,­­­­­­ escreve quin­ze­nal­mente no jor­nal Zero Hora e é co-autora do livro Fadas no Divã. Seu e-mail: dia­namcorso@gmail.com

(roubado da TPM)

quarta-feira, março 18, 2009

"Afinal, de quantas maneiras um coração pode ser destroçado e ainda continuar batendo?"
"O tempo passa. Mesmo quando isso parece impossível. Mesmo quando cada batida do ponteiro dos segundos dói como o sangue pulsando sob um hematoma. Passa de modo inconstante, com guinadas estranhas e calmarias arrastadas, mas passa. Até para mim."

quinta-feira, março 12, 2009

- acho que não se fazem mais amigos como antigamente.
- também acho.
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- posso tomar uma cachaça?!
- é... você ainda tem uma amiga de antigamente, rs!

terça-feira, março 10, 2009

Sábado eu tô aqui!

sexta-feira, março 06, 2009

Os dias em que acreditávamos

“Éramos cegos para a realidade e no entanto achávamos ver para nós um futuro como conto de fadas”
Por Fabio Hernandez

Não. Não sei. Não sei por que estou te escrevendo. Tanto que falamos, o que dizer mais? Não encontramos respostas para nós quando isso teria ajudado, por que retornar a um assunto encerrado? Um livro. Um livro de Graham Greene tem esse nome no original. Burnt-Out Case. Caso Encerrado. Greene. Fui obcecado por ele, por seus livros melancólicos e romanticamente amargos, e nos quais a redenção final era uma possibilidade mesmo para o maior canalha. O padre abjeto e covarde de O Poder e a Glória. Ele se redime de tanta miséria em sua conduta num último instante em que dá a vida por uma causa. O mentiroso e egoísta Jones de Os Comediantes. Manco tal como House. Jones inventara histórias em que era um herói em combates. Sua única causa foi ele mesmo a vida toda. No final, morreu gloriosamente por uma causa que não era ele no remoto e sangrento Haiti. Morreu como os espartanos de Leônidas. Leônidas. Os persas iam cobrir o céu de flechas, avisaram aos guerreiros espartanos, e a resposta foi que então os espartanos combateriam à sombra.

Alguém ainda lê Greene hoje? Ele não ganhou jamais o Nobel, e numa certa altura isso me revoltou. Até Saramago levou o seu. Hoje vejo que Greene não ter recebido o Nobel foi uma homenagem involuntária da academia sueca à iconoclastia de Greene, ao seu espírito indomável e libertário. E Leônidas? Num mundo em que as pessoas são absorvidas em si mesmas, em que são capazes das maiores vilanias em nome de seu interesse pessoal, suas palavras eternas fazem sentido? Leônidas. Um guerreiro se aproxima dele. Os dois estão morrendo depois de se sacrificarem pela Grécia. "É uma honra morrer a seu lado", diz o guerreiro. "Foi uma honra viver ao seu", responde Leônidas. Um amigo. Um amigo meu. Ele me disse uma vez que seu maior sonho como profissional é ter um grupo de amigos aos quais diga no final da carreira: "Foi uma honra trabalhar ao seu lado".

Mas. Mas como sempre me perdi em digressões. Tenho algumas marcas como escritor. Sou barato, essa a principal. Jamais vou construir pirâmides literárias, e isso nunca me frustrou. Sei meu tamanho. Outra marca é a facilidade irritante com que devaneio. Com que passeio ao acaso. Com que, em suma, faço digressões.

Comecei este texto para escrever a você que não sei o que me leva a escrever a você. Um escritor de categoria não teria escrito a frase anterior. Ou teria? Nossa história teve o final que merecemos. Fiz mal a você, você fez mal para mim. Nos autodestruímos muito antes que oficialmente rompêssemos. Éramos cadávares amorosos, mas a inércia nos fez seguir em frente. Já não tínhamos nada em comum exceto as recordações. Cada um com suas coisas, os dois distantes como se vivêssemos em planetas diferentes.

Mas lá para trás. Agora sei por que escrevi. Lá para trás. Antes que nossos caminhos se bifurcassem. Queria te dizer que naquela época nos divertimos. Nós. Nós acreditávamos em nós mesmos, e o tempo provaria que era um erro. Mas mesmo assim. Os dias em que erradamente acreditávamos em nós mesmos foram ensolarados. Éramos cegos para a realidade e no entanto achávamos ver para nós um futuro como conto de fadas.

Sim. Escrevi porque gostaria que sua memória de nós dois fosse dominada pelas lembranças não de nosso fracasso, do nosso desencontro sem volta, do nosso final miserável, da nossa comprovação doída de que não tínhamos sido feitos um para o outro. E sim pelas lembranças dos dias em que acreditávamos. Quantas vezes na vida, afinal, nós acreditamos em alguma coisa, ainda que por um erro de visão?

Fabio Hernandez (fabioh@edglobo.com.br) escreve também no blog O Homem Sincero (visite em www. revistacriativa.com.br)
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Passa mal, sua trouxa que não sabe escrever e moooorre de inveja...

quinta-feira, março 05, 2009

We are the crowd
We're cuh-coming out
Got my flash on it's true
Need that picture of you
It's so magical
We'd be so fantastic, oh

Leather and jeans
your watch glamorous
Not sure what it means
But this photo of us
It don't have a price
Ready for those flashing lights
'Cause you know that baby I

I'm your biggest fan
I'll follow you until you love me
Papa-Paparazzi
Baby there's no other superstar
You know that I'll be your
Papa-Paparazzi

Promise I'll be kind
But I won't stop until that boy is mine
Baby you'll be famous
Chase you down until you love me
Papa-Paparazzi

I'll be your girl backstage at your show
Velvet ropes and guitars
Yeah cause you know I'm starting between the sets
Eyeliner and cigarettes

Shadow is burnt, yellow dance and return
My lashes are dry - But the teardrops I cry
It don't have a price
Loving you is Cherry Pie
'Cause you know that baby I

I'm your biggest fan
I'll follow you until you love me
Papa-Paparazzi
Baby there's no other superstar
You know that I'll be your
Papa-Paparazzi

Promise I'll be kind
But I won't stop until that boy is mine
Baby you'll be famous
Chase you down until you love me
Papa-paparazzi

Real good, We're dancing in the studio
Stop-stopped, That shit on the radio
Don't stop, for anyone
We'll Blast it but we'll still have fun

I'm your biggest fan
I'll follow you until you love me
Papa-Paparazzi
Baby there's no other superstar
You know that I'll be your
Papa-Paparazzi

Promise I'll be kind
But I won't stop until that boy is mine
Baby you'll be famous
Chase you down until you love me
Papa-paparazzi

Lady GaGa - Paparazzi
Nada como o passado pra puxar o seu tapete e te fazer comer poeira...