A dor

Há mais ou menos uma semana estou vivenciando uma dor alheia que é minha também. Me parte o coração ver o tanto que ela está sofrendo porque eu sei (da minha maneira) o quanto isso doi. Sei que é difícil acordar todo dia num mundo cruel e egoísta e acreditar que o amor é importante. Principalmente quando o amor é tratado de forma tão leviana. Sempre tive essa impressão de que todo mundo está se fudendo pros outros, pros sentimentos dos outros. E tenho um ódio profundo por desrespeitos sem razões. Passei por milhões de rupturas abruptas depois de alguma grande manifestação amorosa. Será que o ser humano estava preparando o território, e eu, cega e apaixonada, não percebia o que estava por vir?!
Perdi as contas de quantas vezes perdi o chão, de quantas vezes tomei porres homéricos para esquecer, da solidão de dançar sozinha na pista (com os olhares alheios de pena). Não sei quantas vezes eu pensei que agora é o fim. Que merda é essa de sentimento que é tão bom, mas que machuca mais que se esfolar inteira. Ainda tenho minhas dúvidas se vale a pena ou não se machucar.
Mas falo isso porque tenho um coração espatifado, quebrado em quatrocentos bilhões de pedacinhos e que eu já tentei colar e não rolou (na verdade, ele foi pisoteado mais vezes nessas tentativas). Não sei mais se acredito no amor...
Mas acredito em você. E apesar de não poder te dizer que vai passar, que tudo vai ficar bem, quero te oferecer meu ombro pra quando você quiser!