.:: o fantástico destino de lady mi - parte 3 ::.

"Posso escolher entre ser constantemente ativa e feliz ou introspectivamente passiva e triste. Ou posso ficar louca, ricocheteando no meio" Sylvia Plath

terça-feira, janeiro 26, 2010

Se...

Ando numa nostalgia que me enoja... Devo ter comido naftalina sem querer. Pensando demais no empo que passou e que não tem mais conserto. Uma decisão diferente e tudo agora seria muito, muito diferente...

Se eu tivesse permitido que qualquer um dos grandes mocinhos da minha vida realmente entrassem na minha vida, tudo teria sido diferente? Ou eu ia sempre cair na mesma porra da variável?! Se eu não fosse essa idiota-auto-destrutiva-louca-emburrecida, alguma coisa teria sido diferente?

Se eu tivesse deixado o mocinho loiro de olhos claros que me ofertava morangos e poemas, mil e-mails malucos sobre cinema, sobre mim, sobre abacaxis... Um mocinho que tentou durante dez anos, vez ou outra, se aproximar... Se eu tivesse deixado ele ficar...

Ou aquele designer super legal, que eu sempre pensei ser o amor da minha vida (é porque eu queria muito, muito mesmo ficar com ele mesmo estando com um pessoa, que por um bom tempo, eu achei que era o amor da minha vida, rs)... Aquele que me ligou antes mesmo do dia seguinte, que queria me apresentar para a família logo que a gente se conheceu, que me escrevia cartas lindas com sua hydrocor laranja, que passou semanas fazendo uma ilustração pra mim... Se eu não tivesse fugido de medo de me machucar porque tinha acabado de me despedaçar... Se eu tivesse pensado nele e não no meu auto-destrutismo... Será que a gente ia fazer tudo aquilo que ele queria fazer comigo?!

Ah, e se o ex-namorado do colégio que um dia me prometeu que voltava para me buscar (e que voltou a fazer a mesma promessa vários anos depois), voltasse?! Eu ia esquecer o quanto me irrita o fato dele ser filhinho-da-mamãe e assumiro meu lado princesinha-do-papai?!

Teve uma vez que achei que ia deixar alguém ficar... mas esse alguém se preocupava tanto com outro alguém que, quando eu percebi, eles passavam férias juntos em janeiro numa praia da Bahia e eu trabalhava para pagar o presente dele de Natal... Depois, da fúria da pomba-gira, percebi que nem me importava porque certas coisas importam demais para mim, tipo: religião (por favor, não tenha!); machismo (não seja!) e casamento & cia (nunca me force, se eu realmente quiser, um dia vai rolar).

Tinha um Pequeno Príncipe que era quase tudo que eu sempre quis...

Deito no meu travesseiro, sozinha, olho o céu lá fora e me pergunto se qualquer um desses rapazes se questiona sobre mim...

Já imaginou se sim?!