.:: o fantástico destino de lady mi - parte 3 ::.

"Posso escolher entre ser constantemente ativa e feliz ou introspectivamente passiva e triste. Ou posso ficar louca, ricocheteando no meio" Sylvia Plath

segunda-feira, setembro 07, 2009

A última vez que abri um livro com dedicatória fiquei putíssima! Quase arranquei a folha do livro de tão mentirosa que era a dedicatória. Juro que se ela não estivesse lá, teria dado o livro de presente para a Grazi que colocou ele na lista de presentes de aniversário dela. Mas a merda da dedicatória mentirosa está lá e ela não merece ter que conviver com ela. Tão pouco posso lançar o livro pela janela. Ele seria capaz de dar um TCE fácil. Então, ficam a merda do livro e da sua dedicatória idiota ocupando espaço na minha prateleira.

Ontem, quando cheguei, ligeiramente embriagada, de madrugada, decidi pegar um livro na minha estante e, é claro, tinha uma dedicatória!

Pelo menos essa era boa e era de verdade. Eu e Carol ficamos, durante uma boa época, enlouquecidas com a Tati Bernardi e a Carol me deu o livro. E a dedicatória é fofa.

Lembro que nessa época a gente tava achando grande parte da vida uma merda. E que tinha tanta coisa dando errado... Não que as coisas ficaram melhores desde então (na verdade, durante um tempo ficou tudo muuuuuito pior, pras duas, rs), mas a gente deu um jeito...

Suportamos quase tudo: amores vencidos, amores cretinos, amores perdidos. Problemas financeiros, problemas familiares, problemas com o guarda-roupa e problemas com a balança.

Ainda acho que estou no filme do dia da mormota. Aliás, ultimamente, cada dia está mais marmota do que o outro. Concordo, estamos cada dia mais belas, mais bem vestidas (e, consequentemente, mais pobres) e mais divertidas.

Aprendemos a lidar um pouco melhor com o caos, a pagar o nosso PF (que esta cada vez mais caro). Ainda não conseguimos aprender a não cair em contatinho. Mas sempre temos uma a outra. Com certeza.

Desde que a Carol foi embora, eu tenho esse vazio enorme no peito porque morro de saudades de tudo que a gente passou juntas e que, agora a gente tem que passar separadas. O telefone ajuda. Mas tem dias que ela recebe mensagens deseperadas e telefonemas que tem mais choro e soluço do que palavras. E isso também acontece de madrugada. Gente bêbada perde o fuso horário, rs.

Bem, esse texto todo é na verdade, uma dedicatória. Uma dedicatória para essa pessoa que eu amo horrores, que é minha irmã, que me escuta chorando muitas vezes, que entende minhas merdas, por quem eu daria o fígado, o rim, o coração. Te amo muito.

2 Comments:

  • At 1:08 AM, Anonymous Anônimo said…

    Ai, amora... que coisa mais fofa.

    Só vc mesma para esquentar o meu mundo que anda tão frio... E que eu sei vai ficar pior quando a senhorita pegar o rumo para Paris...

    O jeito vai ser manter a pose e fazer o cartão fidelidade da Air France!

    Amo-te, irmanita. Tens até Oliveira no nome e não é atoa. Obrigada pela paciencia comigo nesta fase tão ostra.

    ps. sobre a Tati... parece que só a gente evoluiu, neam?

     
  • At 2:32 AM, Blogger Carla Soares said…

    isso me fez lembrar q eu não escrevi uma dedicatória no livro que te dei esse fim de semana. na verdade, eu tenho sempre medo de escrever dedicatórias... por várias razões.
    bj,
    c.

     

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