.:: o fantástico destino de lady mi - parte 3 ::.

"Posso escolher entre ser constantemente ativa e feliz ou introspectivamente passiva e triste. Ou posso ficar louca, ricocheteando no meio" Sylvia Plath

sábado, maio 12, 2007

mães

Engraçado como, às vezes, a mãe da gente não gosta tanto da gente quanto a mãe dos outros. Mas esse texto aqui não é pra falar sobre a Dona Marina, que, aliás, tem se comportado muito bem, me apoioado nas minhas roubadas e salvando a minha vida financeira. Esse texto é pra outra mãe, que quase foi minha.
Acho que nem sempre importa se a gente é perfeita, mesmo querendo muito. Só o que importa é que a gente tenha um alguém em comum. Essa pessoa que eu gosto muito e você também e que tudo que queríamos é que ela fosse feliz. E é ai que você gosta de mim.
Com minha lista de incontáveis defeitos, esses dias descobri essa pessoa que eu amo tanto quanto a minha própria mãe e que também me adora muito, está sempre preocupada comigo e que também aguenta as minhas besteiras. Esse alguém cujos olhos brilham quando me vê a cada, talvez, três ou quatro meses, que está sempre interessada em saber o que eu estou fazendo e que sempre conversa comigo pelo telefone. Alguém que gosta tanto de mim que quase me apresenta outro alguém. Apresentar, ela até apresenta... mas meu coração já não pertence a mim mesma para que eu possa doar pra outro alguém.
Essa mãe não consegue entender porque eu ainda tento algo que ela já desistiu. Ou tentava. Porque somos tratadas sempre com a mesma falta de gentileza, com o mesmo deboche e com a mesma falta de respeito. Só porque gostamos incondicionalmente dessa pessoa perdida.
Hoje, enquanto separo as coisas para o almoço de dia das mães para a minha mãe, gostaria que você soubesse que eu gosto tanto de você, como se você fosse minha.
E peço desculpas sinceras pelo vestido-camisola que passeou pelos corredores da sua casa.