.:: o fantástico destino de lady mi - parte 3 ::.

"Posso escolher entre ser constantemente ativa e feliz ou introspectivamente passiva e triste. Ou posso ficar louca, ricocheteando no meio" Sylvia Plath

sexta-feira, julho 21, 2006

"M,
(...) também queria responder seu email direito. mas esse vou fazer antes de ir. eu entendi o que vc está passando e tudo o mais. mas fico sem ação, sem palavra. pq sinceramente, eu acho que por mais doído que tudo seja, é preferível passar por um período de luto e depois seguir mais ou menos a vida. quando a gente fica se enganando que está tudo bem é que eu tenho a impressão que a coisa vai cada vez mais mal. então não me ache uma sádica, mas eu realmente espero que vc passe por essa dor, pra poder sair muito mais bonita da próxima vez que sair... E como vc disse, nada cura. só o tempo, talvez. ou pelo menos ele ameniza. e pra falar a verdade, melhor que assim seja. eu prefiro que o tempo no máximo amenize. Na verdade, vou usar o exemplo mais banal... Me dói pensar que algo que é tão importante se torne algo tão insignificante por causa do tempo. Mesmo que esse algo deixe de existir. Não gosto quando as coisas são simplesmente apagadas. Eu gosto de coisas pungentes. gosto de ter ódio de pessoas que eu odeio. de achar babaca o cara que me fez sofrer quando eu tinha 14 anos. de odiar uma menina que era toda histriônica e me fez me achar cada vez mais fudida e horrorosa. se eu relativizo essas coisas, as vezes parece que não sou quem sou. pode parecer estúpido tudo isso que eu disse, mas o que eu achava mais dramático em brilho eterno era a possibilidade de um grande amor ser definitivamente apagado. E naquela época, eu me sentia sendo deletada da vida do ..., vc sabe porque. é horrível pensar que o tempo transforma tudo. que aquele amor maravilhoso mal te ocorre na lembrança. Prefiro a dor que a indiferença... não se sinta tão infeliz pela dor. Ela é algo. Ao menos ela não é o nada....

um abraço, e até a volta,
C."