.:: o fantástico destino de lady mi - parte 3 ::.

"Posso escolher entre ser constantemente ativa e feliz ou introspectivamente passiva e triste. Ou posso ficar louca, ricocheteando no meio" Sylvia Plath

domingo, novembro 29, 2009

Eu amo o Xico Sá - parte 03

NOSSO AMOR BEM PUTO

Nem fomos ao mar para ver o nosso amor morrer na praia. Nosso amor morreu engarrafado, na correria do povo para deixar São Paulo, babilônicos corações de fumaça a 10 km por hora. Nosso amor largou o automóvel e saiu caminhando, melancólico, entre motoboys e miragens, crepúsculo cubatanesco a escorrer do nariz.

Stop, parou o nosso amor ou é apenas um sinal fechado?

Minutos antes, nosso amor foi visto saindo do Paraíso e saltando na Consolação, a linha do último metrô de todos os amores expressos. Aí nosso amor, puto da vida, bebeu cachaça, cheirou cola, acendeu o cachimbo na Cracolândia, perdeu os óculos, as lentes de contato, pegou um papelote de quinta na Augusta, gastou a pele, fez besteiras e vomitou bem muito o foie-gras dos nossos próprios fígados. Nosso amor não conseguiu dormir direito nesse dia, zumbizou geral o malaco, e não foi apenas o barulho da construção mais demorada do que a catedral de Colônia, a Transamazônica ou o castelo de Kafka.

Nosso amor só pode estar tirando onda da nossa cara, é o tipo do amor que sabe rir da nossa desgraça, um amor de rapariga da última luz vermelha do fim do mundo, um amor da porra, que não respeita as leis do cosmo, nosso amor é uma ficção barata, café puro, pão na chapa, nosso amor nem esfriou ainda o cadáver, acabou no auge, como a carreira de Pelé, como os Beatles, nosso amor era sábio. E como os amores reencarnam, muito cuidado, senhoras e senhores, nosso amor pode estar rondando ai a sua área. Prendam o criminoso, onde está a polícia que não vê uma coisa dessas, tio Nelson?


Escrito por xico sá

sexta-feira, novembro 27, 2009

Quer morrer de rir? Leia isso aqui!
Adoro fazer novas amigas de infância!

quinta-feira, novembro 26, 2009

Show do Yo La Tengo dia 30!!!!! :)

quarta-feira, novembro 25, 2009

Acabei de perceber que estou com irc de uma pessoa que eu literalmente adoro...

terça-feira, novembro 24, 2009

Words Women Use and What They Really Mean:


* Fine - This is the word women use to end an argument when they feel they are right and you need to shut up. Never use “fine” to describe how a woman looks - this will cause you to have one of those arguments.

* Five Minutes - This is half an hour. It is equivalent to the five minutes that your football game is going to last before you take out the rubbish, so it’s an even trade.

* Nothing - This means “something”, and you should be on your toes. “Nothing” is usually used to describe the feeling a woman has of wanting to turn you inside out, upside down, and backwards. “Nothing” usually signifies an argument that will last “Five Minutes” and end with “Fine”.

* Go Ahead - At some point in the near future, you are going to be in some mighty big trouble.

* Go Ahead (With Raised Eyebrows) - This is a dare. One that will result in a woman getting upset over “Nothing” and will end with the word “Fine”.

* Go Ahead (Neutral Expression) - This means “I give up” or “do what you want because I don’t care” You will get a “Raised Eyebrow Go Ahead” in just a few minutes, followed by “Nothing” and “Fine” and she will talk to you in about “Five Minutes” when she cools off.

* Loud Sigh - This is not actually a word, but is a non-verbal statement often misunderstood by men. A “Loud Sigh” means she thinks you are an idiot at that moment, and wonders why she is wasting her time standing here and arguing with you over “Nothing”.

* Soft Sigh - Again, not a word, but a non-verbal statement. “Soft Sighs” mean that she is content. Your best bet is to not move or breathe, and she will stay content.

* That’s Okay - This is one of the most dangerous statements that a woman can make to a man. “That’s Okay” means that she wants to think long and hard before paying you back for whatever it is that you have done. “That’s Okay” is often used with the word “Fine” and in conjunction with a “Raised Eyebrow”.

* Please Do - This is not a statement, it is an offer. A woman is giving you the chance to come up with whatever excuse or reason you have for doing whatever it is that you have done. You have a fair chance with the truth, so be careful and you shouldn’t get a “That’s Okay”.

* Thanks - A woman is thanking you. Do not faint. Just say you’re welcome.

* Thanks A Lot - This is much different from “Thanks.” A woman will say, “Thanks A Lot” when she is really ticked off at you. It signifies that you have offended her in some callous way, and will be followed by the “Loud Sigh.” Be careful not to ask what is wrong after the “Loud Sigh,” as she will only tell you “Nothing”.

segunda-feira, novembro 23, 2009

Será que demora muito tempo pro meu cabelo ficar assim?!

Eu amo o Xico Sá - parte 02

A GENTE SE VÊ (O REMIX)

Em uma megalópole como SP e outras tantas grandes cidades, haja encontros e desencontros, Sophia querida, alguns não tão graves, acontece, outros infinitamente dolorosos, que nos perturbam os sentidos, que fazem a gente maldizer os céus, os astros, o destino.

Fica tudo na base do “a gente se vê”... E fudeus, adeus!

Não que fosse acontecer um casamento ou algo do gênero a partir daquele encontro, nada disso, mas foram encontros bonitos, fortes, que se acabam ali mesmo, na poeira da estrada, numa tarde fria, em um café da manhã, numa simples despedida sob a neblina na Dutra ou Anchieta.

“A gente se vê.” Pronto, eis a senha para o terror, o “never more”, o nunca mais do corvo do escritor Edgar A. Poe.

A gente se vê. Corta para uma multidão no viaduto do Chá.

A gente se vê. Corta para uma saída de estádio lotado em dia de decisão do campeonato.

A gente se vê. Corta para “onde está Wally”.

Nada mais detestável de ouvir do que essa maldita frase. Logo depois a porta bate e nem por milagre.

Jovens mancebos, evitem essa sentença mais sem graça. Raparigas em flor, esqueçam, esqueçam.

Melhor dizer logo que vai comprar cigarro, o velho king size filtro do abandono. Melhor dizer que vai pra nunca mais. Melhor o silêncio, o telefone na caixa postal, o telefone desligado, o fora da área, a clandestinidade amorosa, o desprezo on the rock´s.

A gente se vê uma ova. Seja homem, troque de palavras, use o código do bom-tom e da decência. A gente se vê é a mãe, ora, ora.

Como canta o Rei, use a inteligência uma vez só, quantos idiotas vivem só...

Esse “a gente se vê” deveria ser proibido por lei. Constar nos artigos constitucionais, ser crime inafiançável no Código Penal.

A gente se vê é pior do que a gente se esbarra por ai. Pior do que deixar ao acaso, que jamais abolirá a saudade, que vira uma questão de azar e sorte.

Melhor dizer logo “foi bom, meu bem, mas não te quero mais”. YO NO TE QUIERO MÁS, como na camiseta mexicana que ganhei de una hermosa chica. Dizer foi bom meu bem e pronto, ficamos por aqui, assim é a vida, sempre mais para curta do que longa-metragem.

A gente se vê é a bobeira-mor dos tempos do amor líquido e do sexo sem compromisso. A gente se vê é a vovozinha, foda-se!

Seja homem, seja mulher, diga na lata.

Não engane a moça, que a moça é fino trato, que não merece desdém.

A fila anda, jogue limpo.

A gente se vê. Corta para uma multidão no show do Morumbi. A gente se vê. A gente se vê. Corta para a multidão no Campo de Marte. A gente se vê. Corta para o formigueiro do Maracanã. A gente se vê. Corta para a São João com a Ipiranga. Corta para a 25 de Março em véspera natalina. A gente se vê. Corta para um engarrafamento gigante na marginal do Tietê...

A gente se vê. Então aproveita e vai olhar se eu estou na esquina!


Escrito por xico sá

Eu amo o Xico Sá - parte 01

A ARTE DE PEDIR EM NAMORO -REEDIÇÃO REVISTA E AMPLIADA

É namoro ou amizade? Rolo, cacho, ensaio de amor, romance ou pura clandestinidade?

“Qualé a sua, meu rapaz?!”, indaga a nobre gazela.

E o homem do tempo nem chove nem molha. Só no mormaço, só na leseira das nuvens esparsas.

No tempo do amor líquido, para lembrar o título do ótimo livro de Zygmunt Bauman sobre a fragilidade dos encontros amorosos, é difícil saber quando é namoro ou apenas um lero-lero, vida noves fora zero...

Cada vez mais raro o pedido formal de enlace, aquele velho clássico, o cara nervoso, se tremendo como vara verde: “Você me aceita em namoro”?

O tempo passava e vinha mais um pedido clássico e igualmente tenso. O pedido de noivado.

Mais adiante, a hora fatal, mais uma tremelica do jovem mancebo: Você me aceita em casamento?

E pedir a mão,aos pais, meu Deus, haja nervosismo, melhor tomar um conhaque na esquina para encorajar-me.

São raros, raríssimos hoje esses nobres pedidos. Em alguns setores mais modernos e urbanos, digamos assim, talvez nem exista mais.

O amor e as suas mudanças.

A maioria dos homens, além de não pedir em namoro, além de não pegar no tranco, ainda corre em desespero diante de uma sugestão ou proposta de casamento feita pela moça.

O capítulo bom da história é que agora as mulheres também partem para o ataque e, diante de uns temerosos ou acanhados sujeitos, escancaram suas vontades, suas paixões, e fazem suas apostas, seus pedidos, põem na mesa os seus desejos e as cartas de intenções.

Voltando ao mundo dos homens, lembro que era bem bacana esse suspense masculino do “você quer namorar comigo?”

Havia sempre o medo do fora. Um sim, mesmo o mais previsível, era uma festa.

“Quer namorar comigo?”

No tempo do “ficar”, quase nada fica, nem o amor daquela rima antiga.

Alguns sinais, porém, continuam valendo e dizem muito. O ato das mãozinhas dadas no cinema, por exemplo, ainda é o maior dos indícios.

Tanto quanto um bouquet de flores, mais do que uma carta ou um email de intenções, mais do que uma cantada nervosa, mais do que o restaurante japonês, mais do que um amasso no carro, mais do que um beijo com jeito, daqueles que tiram o gloss e a força dos membros inferiores.

“Vamos pegar uma tela, amor?”, como se dizia não muito antigamente.

Eis a senha.

Mais até do que um jantar à luz de velas, que pode guardar apenas um desejo de sexo dos dons Juans que jogam o jogo jogado e marketeiro.

O cinema, além da maior diversão, como diziam os cartazes de Severiano Ribeiro, é a maior bandeira.

Nada mais simbólico e romântico.

Os dedos dos dois se encontrando no fundo do saco das últimas pipocas...

Não carecem uma só palavra, ainda não têm assuntos de sobra.

Salve o silêncio no cinema, que evita revelações e precoces besteiras.

Ah, os silêncios iniciais, que acabam voltando depois, mas voltando sem graça, surdo e mudo, eterno retorno de Jedi. Nada mais os unia do que o silêncio, escreveu mais ou menos assim, com mais talento, claro, Murilo Mendes, poeta dos melhores e mais líricos.

Palavras, palavras,palavras...

Silêncio, Silêncio, silêncio...

Dessas duas argamassas fatais o amor é feito e o amor é desfeito. Simples como sístole e diástole de um coração que ainda bate.


Escrito por xico sá

domingo, novembro 22, 2009

Diariamente...

Penso diarimente em:
- enfiar o sabonete goela abaixo quando entro no chuveiro;
- pular na linha do trem quando vou pegar o metrô;
- deixar para comer no dia seguinte;
- cortar os pulsos quando escuto o Ian Curtis cantar Love will tear us apart;
- cortar os cabelos bem mais curtos;
- e depois tingir de branco;
- e ai me arrepender e pintar de preto azulado;
- deixar o casaco pra trás e pegar um resfriado;
- beber muito, muito, muito, e esquecer o motivo que me fez começar a beber...
- e ai acordar de ressaca depois e me lembrar o porquê e começar a beber de novo...
- você, sempre, o tempo todo...

My heart grows colder with each day

And when he asked me:
'do you still love me?'
I had to look away
I didn't want to tell him
That my heart grows colder with each day

Vez ou outra, queria ter certeza sobre as coisas na minha vida...

Muito cansada das suas desculpas


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quinta-feira, novembro 19, 2009

Roubado descaradamente do César...

sexta-feira, novembro 13, 2009

tô adorando isso!!!

quinta-feira, novembro 12, 2009

Quero morar na Maison du Brésil...

quarta-feira, novembro 11, 2009

Sei que não gosto dele, mas achei tão bonitinho...

segunda-feira, novembro 09, 2009

Paris, Texas?! Non, Paris, France!

Bem, já estou em Paris. Cheguei ontem à tarde. Claro que com atraso básico de duas horas. E no aeroporto do Rio de Janeiro, aquelas coisas que ninguém merece quando está indo embora: ficar num aeroport fudido esperando avião atrasado chegar.
Ok, não fiquei de mau humor porque encontrei companhia: a Bárbara. Minha tia me avisou que ela ia estar no mesmo vôo e que eu pocurasse alguém toda de preto. Achei que fosse ser díficil de encontrar (uai, todo mundo veste muito preto), mas achei a Bárbara facinho no aeroporto do Rio.
Vôo lotado e com crianças... Já viu, né?! De novo, nada de mau humor: só tinha filme fofo passando. Sim, Carol, tu tens razão, os dez primeiros minutos de Up são fofos (chorei até). Depois assisti o 500 days of Summer (lindo! lindo!! lindo!!!), que me fez pensar muito nas razões de eu ter saído de BH e deixar tudo para trás. Claro que chorei pacas e assustei o mocinho que estava sentado do meu lado, rs. Ah, pra terminar assisti o The time traveller's wife, acho que é isso. A cena do casamento dos protagonistas tem uma versão linda de Love will tear us apart. Mais uma vez tive Ian Curtis feelings e quase me matei no banheiro do avião.
Nenhum problema com a bagagem (só 56kg) e nem com o passaporte.
Cheguei em casa umas cinco e meia, seis horas. A casa é ótima, Didier e Mainá são fofos. E tem um cachorro que ainda não entendi o nome, rs.
Meu telefone celular já está funcionando e eu consegui finalmente receber uma ligação que estava esperando há seis meses. Adorei!!!
Hoje fui dar uma volta, comprar meu cartão do metrô, recarregar o celular, conhecer um pouco da região. Super tranquilas as coisas por aqui.
Ah, faz muito frio. Hoje acordei com 5 graus.
De tarde, vou passear com uns amigos.
Bem, até agora, é isso.
Escrevo mais quando tiver mais novidades.

sábado, novembro 07, 2009

The last sound of goodbye
Saudades antecipadas...

quinta-feira, novembro 05, 2009

NÃO DEIXE O AMOR PASSAR

Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa mais importante da sua vida.
Se os olhares se cruzarem e, neste momento,houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu.
Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os olhos se encherem d’água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês.
Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça: Deus te mandou um presente: O Amor.

Por isso, preste atenção nos sinais - não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem cego para a melhor coisa da vida: O AMOR.

Carlos Drummond de Andrade
A UM AUSENTE

Tenho razão de sentir saudade,
tenho razão de te acusar.
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem te despedires foste embora.
Detonaste o pacto.
Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
de viver e explorar os rumos de obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.

Antecipaste a hora.
Teu ponteiro enlouqueceu, enlouquecendo nossas horas.
Que poderias ter feito de mais grave
do que o ato sem continuação, o ato em si,
o ato que não ousamos nem sabemos ousar
porque depois dele não há nada?

Tenho razão para sentir saudade de ti,
de nossa convivência em falas camaradas,
simples apertar de mãos, nem isso, voz
modulando sílabas conhecidas e banais
que eram sempre certeza e segurança.

Sim, tenho saudades.
Sim, acuso-te porque fizeste
o não previsto nas leis da amizade e da natureza
nem nos deixaste sequer o direito de indagar
porque o fizeste, porque te foste

Carlos Drummond de Andrade