.:: o fantástico destino de lady mi - parte 3 ::.

"Posso escolher entre ser constantemente ativa e feliz ou introspectivamente passiva e triste. Ou posso ficar louca, ricocheteando no meio" Sylvia Plath

sexta-feira, novembro 24, 2006

Morre aqui

Morrem aqui quatro anos e meio de mentiras. Porque a mentira é a pior coisa do mundo.
Morrem aqui o homem-de-lata, o leão e o espantalho, o covarde, o babaca, o escroto, o estúpido, o insensível, o egoísta sem coração.
Morre um grande amor, um grande amigo.
Morre aqui a confiança, a esperança, a certeza, a crença.
Morre aqui também a dúvida, o choro, o sofrimento e a insônia.
Morrem as palavras vazias, o sexo sem amor, aquele que só é gentil quando bêbado, o que só é dócil quando com medo, as frases bonitas que não servem pra nada.
Morrem aqui quatro anos e meio. Dias de completa e devastadora perda de tempo.
O vômito que já foi paixão passa a ser de nojo. O vazio no estômago não é fome, é pânico. Horror de sentir de novo todo esse amargo na boca.
Morrem mil desculpas esfarrapadas, textinhos idiotas de "desculpa... se eu te faco mal nao e por querer. se qualquer coisa que eu fizer te faz mal por favor me fala. a ultima coida que eu quero e te fazer mal".
Morrem as merdas todas.
Morre também o perdão. Não perdôo mais nada.
Enfie essas milhares e milhares de desculpas no seu copo de vodka.
Morrem aqui cinco anos de estudo, morre aqui minha tentativa do mestrado. Morre aqui meu carro, que eu enfiei na pilastra da garagem e não vou ter dinheiro pra pagar.
Morre aqui você.
Morre aqui a palaça do circo, a atriz dessa merda de novela mexicana. Morre aqui a mocinha otária que acreditou numa grande farsa do covarde.
Nada como remédios e Absolut.
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Eu também morro aqui.
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Estão todos convidados para o velório.

quinta-feira, novembro 23, 2006

"o problema é que todo o resto de mim que sobra tirando o que quase sou, não sei quem é".
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Tenho mais de 400 páginas pra estudar...
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Cerca de 6 autores diferentes e mil citações...
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Só do Benjamin, tenho críticas de livros que não li, autores que não conheço e cem passagens em francês (língua que eu não falo) sem tradução...
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Menos de quatorze dias...
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E ainda tenho que acordar diariamente às 5:30 pra trabalhar, fazer os "deveres de casa" da Pós, ir à aula (e conseguir não dar um peteleco em nenhum ser humano irritante), organizar uma festa, fazer exames de saúde e ir em consultas médicas...
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Mas não estou conseguindo fazer nada direito...
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Queria passar a tarde na sua cama conversando coisas idiotas, ouvindo músicas que eu nem gosto muito, tomando água na xícara azul...
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Aqui comigo só tem 49%...
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Ando pensando muito em você...

quarta-feira, novembro 22, 2006

A pergunta que fica é "e ai? como é que estamos?"
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Peço ajuda aos universitários...
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e às cartas...

terça-feira, novembro 21, 2006

My butt is big
and round like the letter C
and ten thousand lunges
have made it rounder
but not smaller
and that´s just fine.
It´s a space heater
for my side of the bed,
it´s my ambassador
to those who walk behind me,
it´s a border collie
that herds skinny women
away from the best deals
at clothing sales.
My butt is big
and that´s just fine
and those who my scorn it
are invited to kiss it.

sexta-feira, novembro 17, 2006

positively 4th street (bob dylan)

You got a lotta nerve
To say you are my friend
When I was down
You just stood there grinning

You got a lotta nerve
To say you got a helping hand to lend
You just want to be on
The side that's winning

You say I let you down
You know it's not like that
If you're so hurt
Why then don't you show it

You say you lost your faith
But that's not where it's at
You had no faith to lose
And you know it

I know the reason
That you talk behind my back
I used to be among the crowd
You're in with

Do you take me for such a fool
To think I'd make contact
With the one who tries to hide
What he don't know to begin with

You see me on the street
You always act surprised
You say, "How are you?" "Good luck"
But you don't mean it

When you know as well as me
You'd rather see me paralyzed
Why don't you just come out once
And scream it

No, I do not feel that good
When I see the heartbreaks you embrace
If I was a master thief
Perhaps I'd rob them

And now I know you're dissatisfied
With your position and your place
Don't you understand
It's not my problem

I wish that for just one time
You could stand inside my shoes
And just for that one moment
I could be you

Yes, I wish that for just one time
You could stand inside my shoes
You'd know what a drag it is
To see you

quarta-feira, novembro 15, 2006

remember me... try your best...



what will we do?

enjoy...

terça-feira, novembro 14, 2006

Como perder dez anos em um dia ou um dia de adolescente no Pop rock

A gente (eu e a Carol) já faz inúmeras experiências antropológicas: um dia de faixinha, um dia de hippie, um dia de madame, um dia na Igreja de Renovação Carismática, um dia de sonsinha, entre outras. Dessa vez passamos a borracha em nossos preconceitos e fizemos algo que, eu pelo menos, nunca imaginei que fosse fazer: ir ao Pop Rock.
Vamos deixar claro que isso só aconteceu porque a gente gosta muuuuuuuuito do New Order! E, como os caras já estão ficando velhos, não ia dar pra esperar mais 20 anos pra eles voltarem ao Brasil e, quem sabe, tocarem em algum festival legal.
Mas também não ia rolar de ir de ralé, no meio do popular. Para isso contamos com minha amiga fofa e VIP, Cris, que nos cedeu os convites para o camarote do BH Shopping.
Sexta-feira à noite, após pegarmos o convite, veio a dúvida: será que pode cortar essa blusa? É que, tanto eu quanto a Carol, nunca participamos de eventos com coisas do tipo abadá, então, ficamos sem saber quão ousadas poderíamos ser na customização da blusa. Será que pode tiorar a gola? E se um pedaço do desenho sair fora? Bom, o escrito "sábado" com certeza tem que ficar...
Vinho vai e vinho vem, três horas da manhã e tudo o que conseguimos fazer foi ler textos da Tati Bernardes e cair na gargalhada.
(Ah, e a Dona Magda, mãe da Carol, nos deu uma repreendida pelo tanto de vinho consumido)
No sábado, uma olhava pra outra com cara de “o que vamos fazer com isso”. A Carol, muito esperta, solta um “Mi, você que estuda moda que se vire” e eu, munida de tesoura, linha e alfinetes faço cara de paisagem e olhar de horizonte. Sei lá o que é que dá pra fazer com esse pedaço de pano enorme.
Eis que damos a primeira pinta de adolescente: Dona Marina, minha mãe, foi convocada para ajudar no processo de customização das camisetas (é que adolescente com tesoura na mão é um perigo). Minha mãe regulou o decote e o comprimento das blusinhas...
Tudo bem, tudo bem... a gente já estava atrasada porque uma de nós (não vou dizer quem) queria ver o show do CPM 22.
Dona Marina, como boa mãe de uma adolescente ainda regulou a quantidade de cigarro (“Pra que levar dois maço? Um maço tem 20 cigarros e isso já é muito!”), aconselhou a levar casacos mais quentinhos (“porque está muito frio”) e ainda disse que a gente não ia se dar bem porque não tinha passado nem um batonzinho...
Não bastando a ajuda, pré-show, meus pais nos levaram ao Mineirão. Eu não queria ir de carro. Então tive que apelar para a carona. Muito tempo que não me sentia tão quinze anos. Ainda mais depois de ouvir “juízo, hein?!” ao fechar a porta.
Isso, chegamos ao portão!!! Beleza beleza!!! Quinze minutos perdidas... beleza beleza...
Pronto, chegamos, a Pitty ainda estava tocando (lindo vestido, aliás).
A pista cheia cheia. Choveu a tarde inteira. Ainda bem que o camarote é coberto e estamos safas de ficar molhadas.
Lá descobrimos, inclusive, que não há limites para a ousadia na customização dos abadas!! Sério, tinham mocinhas que mandaram para costureiras refazerem a blusa com lantejoulas, paetês, modelos inusitados (tinha até tomara que caia). Fiquei por fora do mundo da moda dos festivais de camisetas.
Teve gente que passou mal com o Badauí. Teve gente que quase teve um ataque cardíaco quando o Japinha tirou a blusa. Teve gente que cantou todas as músicas do CPM 22. Teve gente que fingiu de groupie de uma banda chamada Reação em Cadeia e, apesar do baixista não ter dado muita bola, ganhou um autógrafo e um beijinho do vocalista. Teve gente que chorou. Teve gente que tirou fotinho pro Guia BH. Teve gente que tomou sorvete. Teve gente que se apaixonou pelo vocalista do Manitu. Teve gente que cantou música do Rappa (os nomes vão ser omitidos porque a gente quer continuar amiga).
Algumas cervejas depois...
Alguns banheiros sanitários depois...
Algumas sentadas no chão depois...
Alguns low life depois...
Sim, a hora que esperamos e a razão de nossa experiência antropológica: o New Order entra no palco. E a gente vai pra pista ficar com os populares. E pular e cantar “Regret”, “Perfect Kiss”, “Blue Monday”, "Transmission". Tudo lindo lindo lindo!!!!
E, para finalizar e colocar duas meninas aos prantos, o moço ainda toca “Love will tear us apart”.
Não tinha como ser mais perfeito!
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obs: para terminar a experiência antropológica de maneira bem adolescente, voltamos no ônibus fretado pelo BH Shopping, Carol foi dormir na minha casa (eu cedi carinhosamente a minha cama), comemos pizza no quarto, fizemos bagunça e ainda ficamos discutindo os pretês durante a madrugada.
Voltei a ter 16 anos!!!
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fica a foto de registro...

sábado, novembro 11, 2006

obs.: o texto não é para o moço lindo, ok?!
Diga não aos covardes

Um brinde aos passos minúsculos desses seres rastejantes. Andam na velocidade de uma boa notícia quando a ansiedade já extrapolou a lógica da espera. Chega de meias bocas pra preencher profundos vazios. Meias bocas para beijar entradas inteiras. Meios beijos de respeito na testa. Meias palavras para dizer alguma coisa que, feita a análise fria, nada querem dizer. Intenções soltas e desejos desconexos. Esse mistério todo é uma violência contra a minha inteligência. Sejamos diretos para não sermos idiotas: eu te quero. Você me quer? Não sabe? Ah, então vá pra puta que te pariu. (E vá ser vago na casa da sua mãe porque embaixo da sua manga eu não fico mais!) Este rebolado colorido que descola de seu cenário pastel, vem de meu ventre. Livre. Portanto não tente me escravizar, nem com promessas, intelectualidades, ou uma pegada daquelas. Este rebolado é quase que instintivo, meu jeito, nada sutil, apesar de ser essa a intenção, de te mostrar que há chances de ultrapassagem. Seja inteligente, faça jus à espécie, seja Sapiens. Perceba o sinal verde, ultrapasse. Não sabe se quer acelerar o motorzinho? Então vá treinar com uma boneca, uma revista, uma prima, a chata da sua mulher, a sem-sal da sua namorada ou o raio que os parta todos os mornos. Eu não sou morna e, se você não quiser se queimar, morra na temperatura do vômito. E bem longe de mim. Ou venha me ajudar a ferver essa banheira. Vamos ficar cegos de vapor e vermelhos de vida. É sangue que corre nos meus sentimentos e não o enjôo morno de uma vida que se vai empurrando com a barriga. Barriga que vai crescer no sofá imundo dos acomodados. Eu ainda quero muito. Quero as três da manhã de um sábado e não as sete da tarde de uma quarta. Vamos viver uma história de verdade ou vou ter que te mandar pastar com outras vaquinhas? Docinho vá fazer pra quem gosta de lamber o seu cuzinho, porque aqui nessa boquinha só entra cher nourriture . Vá contar esse seu papinho de "Hey, you never know" pra quem conta com a sorte e sabe esperar. A sorte é sua de ser amado por mim e eu quero agora, ontem, semana passada. Amanhã não sei mais das minhas prioridades: posso querer dormir com pijama de criança até meio-dia, pagar 500 reais numa saia amarela, comer bicho-de-pé no Amor aos Pedaços ou quem sabe dar para o seu chefe em cima da mesa dele. Minha vontade de ser feliz é como a sua de gozar. E se eu te iludisse de tesão e levantasse rápido para retornar a minha vida? Você continuaria se fodendo sozinho para fugir da dor: é assim que vivo, masturbando minha mente de sonhos para tentar sugar alguma realização. É assim que vivo: me fodendo. Chega de ser metade aquecida, metade apreciada, metade conhecida. Chega de ser metade comida em meios horários e meio amada em histórias pela metade. Chega de sorrir para o que não me contenta e me cobrar paciência com um profundo respiro de indignação. Paciência é dom de amor aquietado, pobre, pela metade. Calma, raciocínio e estratégia são dons de amor que pára para racionalizar. Amor que é amor não pára, não tem intervalo, atropela. Não caio na mesma vala de quem empurra a vida porque ela me empurra. Ela faz com que eu me jogue em cima de você, nem que seja para te espantar. Melhor te ver correndo pra longe do que empacado em minha vida.

Tatiane Bernardi

sexta-feira, novembro 10, 2006

Tão preocupada com o caos da minha vida acadêmica havia me esquecido do show do New Order...
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E hoje, por uma força divina do além (não tem outra explicação), ganhei de presente um par de ingressos para ir e de camarote...
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ainda há esperanças de dias melhores...

quinta-feira, novembro 09, 2006

quase não enxergando a tela do computador...
sem dormir há duas noites (essa é a terceira)...
comida? o que é isso?
modelo do Renato Loureiro mega atrasado...
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pouco menos de 17 horas para entregar meu filho...
uma pilha gigantesca de livros...
muito, muuuuuitos textos xerocados...
um irmão muito puto por não conseguir usar o computador...
quatro pessoas embravecidas no msn porque eu estou ignorando os chamados...
sete ligações não atendidas no celular (affe, uma de um mocinho bem bonitinho)...
duas mensagens de voz (quem sabe do menino bonitinho?)...
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cabelos desgrenhados, pernas sujas de marca-texto verde fosforescente...
uma menina sem unhas e quase sem couro cabeludo...
que fumou mais de dois maços do Marlborão vermelho hoje...
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agora são 01:39... da madrugada...
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É...
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FUDEU....

quarta-feira, novembro 08, 2006

1º) Vamos deixar claro, para os desavisados (sempre) de plantão, que não, NÃO estou grávida! Meu filho é, como sempre, minha eterna dedicação aos estudos, nesses últimos tempos infernais, meu anteprojeto de mestrado que eu estou tentando reestruturar, que me deixa noites sem dormir, sem comer, sem nem ver pessoas. E que, quando consigo deitar, me acorda como um bebê chorão berrando autores e citações e idéias brilhantes no meu ouvido.
Por favor, não encham mais a minha caixa de e-mail com perguntas e desaforos! Se, caso algum dia aconteça, de realmente surgir uma gravidez, todos os meus queridos amigos serão devidamente informados (mas pelo visto meus queridos amigos abstrairam meus repetitivos e-mail cujo assunto FUDEU contava minha vontade de cortar meus pulsos em X por não conseguir achar um texto do Baudelaire e por me perder na banalização das imagens pós-modernas).
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2º) Porque, às vezes, coisas lindas acontecem, mesmo pra meninas lindas que bebem muito mais do que deviam, que dormem muito menos do que deviam e que são absurdamente loucas e insensatas. Sim, apesar do caos, hoje é um dia lindo porque ganhei um lindo presente de uma linda pessoa: poesias da Ana Cristina César. Que coisa mais linda!

“(...)O que morre.
Estou morrendo, ela disse devagar
Olhos fixos para cima. Olhe
Para mim, ordenai. Não se vá assim.
Minha vida fechou duas vezes antes de
fechar. Sei que aquela planta cresce de
modo tortuoso(...).Há retornos, ela respondeu.(...)"

“é para você que escrevo, hipócrita. Para você= sou eu que te sacudo os ombros e grito verdades nos ouvidos, no último momento. Me jogo aos teus pés inteiramente grata; bofetada de estalo, decolagem lancinante, baque de fuzil. É só para você e que letra tán hermosa- exaltação – império sentido na avenida- carnaval do síncope. Pratos limpos atirados para o ar. Circo instantâneo, pano rápido mas exato descendo sobre a sua cabeça de um só golpe de carícia, e o teu espanto! (...)”
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Lindo lindo lindo...
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3º) Não se enganem, estou sob efeito de Lexotan e mesmo assim estou no meio de um caos de papéis, livros, marca-textos, infinitas versões do anteprojeto. Quase posso brincar de Xou da Xuxa...
Mas dizem que depois da tempestade sempre vem a calmaria...
MENTIRAS

"Ai quem me dera uma feliz mentira,
Que fosse uma verdade para mim!"
J.Dantas

Tu julgas que eu não sei que tu me mentes
Quando o teu doce olhar poisa no meu?
Pois julgas que eu não sei o que tu sentes?
Qual a imagem que alberga o peito teu?

Ai, se o sei, meu amor! Eu bem distingo
O bom sonho da feroz realidade...
Não palpita d'amor, um coração
Que anda vogando em ondas de saudade!

Embora mintas bem, não te acredito;
Perpassa nos teus olhos desleais,
O gelo do teu peito de granito...

Mas finjo-me enganada, meu encanto,
Que um engano feliz vale bem mais
Que um desengano que nos custa tanto!
sempre linnda Florbela...
Da beleza inquestionável do msn:

Carminha diz:
oi amorshhhhh
Carminha diz:
tudo bem?
Lady Mi - porque diabos decidi ter um filho... diz:
ei
Lady Mi - porque diabos decidi ter um filho... diz:
estou escrevendo meu projeto de mestrado. tenho q entregar amanha
Carminha diz:
ui...minha prova é quinta...tava estudando
Lady Mi - porque diabos decidi ter um filho... diz:
eu to fudida fudida. acabei de chegar bebada... e tinha um e-mail conjunto vazio do ..., entao estou aos prantosd vendo tudo embaçado e em dobro
Carminha diz:
putz....
Carminha diz:
para de chorar, toma uma coca-cola e respira
Lady Mi - porque diabos decidi ter um filho... diz:
bebada bebada
Lady Mi - porque diabos decidi ter um filho... diz:
doida doida
Carminha diz:
hehehe...mas se quer entregar o projeto, vai ter que se concentrar
Lady Mi - porque diabos decidi ter um filho... diz:
num tem jeito nem consdigo acertar as teclasd
Carminha diz:
então desiste e vai dormir um pouco
Carminha diz:
tem como acordar mais cedo amanhã e fazer?
Lady Mi - porque diabos decidi ter um filho... diz:
eu sei... vou só pegar umas correcoes de uma professora q é minha amiga, ouvir essa musivca do strojes e escrever no bloh
Lady Mi - porque diabos decidi ter um filho... diz:
5:309
Lady Mi - porque diabos decidi ter um filho... diz:
eita 5:30
Carminha diz:
nossa...muito cedo
Carminha diz:
mas tem jeito...pra tudo tem jeito
Lady Mi - porque diabos decidi ter um filho... diz:
fudeu[

terça-feira, novembro 07, 2006

Por esses dias sou só citações... entenda quem quiser...
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"E que farias tu da vida, sem a tua companheira de martírio?... Onde irás tu aviventar o coração que a desgraça te esmagou?!... Rompe a manhã... Vou ver a minha última aurora... a última dos meus dezoito anos. Oferece a Deus os teus padecimentos, para que eu seja perdoado... Mariana..."

Mariana colocou os ouvidos aos lábios roxos do moribundo, quando cuidou ouvir o seu nome.

"Tu virás ter conosco; ser-te-emos irmãos no céu... O mais puro anjo serás tu... se és deste mundo, irmã; se és deste mundo, Mariana..."

A transição do delírio para a letargia completa era o anúncio infalível do trespasse.

Ao romper da manhã apagara-se a lâmpada. Mariana saíra a pedir luz, e ouvira um gemido estertoroso. Voltando às escuras, com os braços estendidos para tatear a face do agonizante, encontrou a mão convulsa, que lhe apertou uma das suas, e relaxou de súbito a pressão dos dedos.

Entrou o comandante com uma lâmpada, e aproximou-lha da respiração, que não embaciou levemente o vidro.

- Está morto! - disse ele.

Mariana curvou-se sobre o cadáver, e beijou-lhe a face. Era o primeiro beijo. Ajoelhou depois ao pé do beliche com as mãos erguidas, e não orava nem chorava.

Algumas horas volvidas, o comandante disse a Mariana:

- Agora é tempo de dar sepultura ao nosso venturoso amigo... É ventura morrer quando se vem a este mundo com tal estrela. Passe a senhora Mariana ali para a câmara que vai ser levado daqui o defunto.

Mariana tirou o maço das cartas debaixo do travesseiro, e foi a uma caixa buscar os papéis de Simão. Atou o rolo no avental, que ele tinha daquelas lágrimas dela, choradas no dia da sua demência, e cingiu o embrulho à cintura.

Foi o cadáver envolto num lençol, e transportado ao convés.

Mariana seguiu-o.

D0 porão da nau foi trazida uma pedra, que um marujo lhe atou às pernas com um pedaço de cabo. O comandante contemplava a cena triste com os olhos úmidos, e os soldados que guarneciam a nau, tão funeral respeito os impressionara, que insensivelmente se descobriram.

Mariana estava, no entanto, encostada ao flanco da nau, e parecia estupidamente encarar aqueles empuxões que o marujo dava ao cadáver, para segurar a pedra na cintura.

Dois homens ergueram o morto ao alto sobre a amurada. Deram-lhe o balanço para o arremessarem longe. E, antes que o baque do cadáver se fizesse ouvir na água, todos viram, e ninguém já pôde segurar Mariana, que se atirara ao mar.

A voz do comandante desamarraram rapidamente o bote, e saltaram homens para salvar Mariana.

Salvá-la!...

Viram-na, um momento, bracejar, não para resistir à morte mas para abraçar-se ao cadáver de Simão, que uma onda lhe atirou aos braços.

Camilo Castelo Branco
EU
Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho, e desta sorteS
ou a crucificada... a dolorida...

Sombra de névoa tênue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!...

Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber porquê...

Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver,
E que nunca na vida me encontrou!

de minha amiga Florbela Espanca
A Uma Passante

A rua, em torno, era ensurdecedora vaia.
Toda de luto, alta e sutil, dor majestosa,
Uma mulher passou, com sua mão vaidosa
Erguendo e balançando a barra alva da saia;

Pernas de estátua, era fidalga, ágil e fina.
Eu bebia, como um basbaque extravagante,
No tempestuoso céu do seu olhar distante,
A doçura que encanta e o prazer que assassina.

Brilho... e a noite depois! - Fugitiva beldade
De um olhar que me fez nascer segunda vez,
Não mais te hei de rever senão na eternidade?

Longe daquí! tarde demais! nunca talvez!
Pois não sabes de mim, não sei que fim levaste,
Tu que eu teria amado, ó tu que o adivinhaste!

Baudelaire
Leão - dia 07/11/06
Novidades na vida afetiva. O que é muito bom, pois você não está mesmo querendo nada morno. As pessoas que surgirem agora no seu caminho terão grande importância, pois são transformadoras. Depois de conhecê-las, você não será mais o mesmo nem elas as mesmas.
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HAHAHAHAHAHAHA!!!!!!!!!!!

segunda-feira, novembro 06, 2006

294. Cópias – Não é raro encontrarmos cópias de homens importantes; e, como no caso das pinturas, a maioria das pessoas prefere as cópias aos originais.
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302. A preferência por certas virtudes – Não atribuímos valor especial à posse de uma determinada virtude, até que percebemos a sua ausência total em nosso adversário.
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305. O equilíbrio da amizade – às vezes, em nosso relacionamento com outra pessoa, o justo equilíbrio da amizade é restaurado se pomos em nosso prato da balança uma pitada de falta de razão.
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E pau no cu das pessoas de mentira!!!!
Estou sofrendo preconceito por parte das minhas amigas porque comprei coisas na Maria Bonita Extra...
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Acho que, na verdade, é só porque eu ando comprando muuuuuuuuitas coisas....

sábado, novembro 04, 2006

Oooooh
Some people think they're always right
Others are quiet and uptight
Others they seem so very nice nice nice nice nice oh oh
Inside they might feel sad and wrong

Oh no
29 different attributes
And only 7 that you like, uh oh
20 ways to see the world, oh oh
Or 20 ways to start a fight

Oh, don't, don't, don't
Get up
I can't see the sunshine
I'll be waiting for you baby
'Cause I'm through
Sit me down
Shut me up
I'll calm down
And I'll get along with you

Ooooooo-ooooo-ooooooh
Oh, men don't notice what they got
Women think of that a lot
1000 ways to please your man oh oh
Not even one requires a plan. I know
Countless odd religions too
It doesn't matter which you choose
One stubborn way to turn your back
This I've tried, and now refuse

Oh don't don't don't
Get up
I can't see the sunshine
I'll be waiting for you, baby
'Cause I'm through
Sit me down
Shut me up
I'll calm down
And I'll get along with you

Alright..
Shut me up
Shut me up up up up up
And I'll get along with you...

You Only Live Once - The Strokes
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http://www.youtube.com/watch?v=K02Jqq2JIJQ

quarta-feira, novembro 01, 2006

296. Falta de confidência – A falta de confidência entre amigos é uma falha que não pode ser repreendida sem se tornar incurável.
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Entre amigos
1.
É belo guardar silêncio juntos
Ainda mais belo sorrir juntos –
Sob a tenda do céu de seda
Encostado ao musgo da faia
Dar boas risadas com os amigos
Os dentes brancos mostrando.

Se fiz bem, vamos manter silêncio;
Se fiz mal – vamos rir então
E fazer sempre pior,
Fazendo pior, rindo mais alto
Até descermos à cova.

Amigos! Assim deve ser? –
Amém! E até mais ver!

2.
Sem desculpas! Sem perdão!
Vocês contentes, de coração livre,
Queiram dar, a este livro irrazoável,
Ouvindo, coração e abrigo!
Creiam, amigos, a minha desrazão
Não foi para mim uma maldição!

O que eu acho, o que eu busco -,
Já se encontrou em algum livro?
Queiram honrar em mim os tolos!

E aprender, com este livro insano,
Como a razão chegou – “à razão”!

Então, amigos, assim deve ser?
Amém! E até mais ver!

Friedrich Nietzche